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HOTEL TRENDS ORÇAMENTOS: LÍDERES DO SETOR DEBATEM PERSPECTIVAS PARA 2024


HOTEL TRENDS

Dando continuidade à grade de palestras do Hotel Trends Orçamentos 2024, nomes importantes do setor debateram diversas perspectivas no painel O que as lideranças esperam para 2024? Participaram da conversa Guilherme Martini, VP de Operações, Vendas e Marketing da Atlantica Hospitality International; Alessandro Cunha, CEO da Aviva; Beto Caputo, CEO da Atrio Hotel Management; e Flávia Lorenzetti, CEO da B&B Hotels.


De forma geral, todos forneceram vislumbres sobre ações importantes para suas redes e, além disso, apontamentos sobre possibilidades e pontos de reforço ao setor. Entre tudo que foi citado, fatores como capacitação e atração de profissionais, além da manutenção de diárias competitivas com geração de experiência, configuram as semelhanças nos discursos.


“Maior volumetria de hotéis e unidades não é a grande solução. O aumento de preços ainda segue como principal esforço, mas não é o mais fácil. Em algumas praças, estamos abrindo mão de ocupação como forma de sinalização ao mercado de que não baixaríamos os preços. Continuaremos nesse ritmo e acreditamos que ainda há espaço para recuperar diária”, pontuou Martini, abrindo os trabalhos do debate mediado por Vinicius Medeiros, editor-chefe do Hotelier News, e Pedro Cypriano, fundador e managing partner da Noctua Advisory.


Entre os principais desafios e movimentos considerados importantes daqui para frente, o executivo falou em proporcionar recursos para garantir essa manutenção de preços competitivos, atrair talentos, apostar em eficiência operacional (automação, melhoria e centralização de processos), além de uma gestão equilibrada de custos.


Para 2024, a AHI deve crescer em torno de 12% a 15%, abrindo sete ou oito hotéis no mesmo ano e apostando, principalmente, em empreendimentos residenciais.


Outros insights


Dando continuidade ao painel do Hotel Trends Orçamentos 2024, Cunha também fez pontuações importantes. “Desenvolvimento de sistema de gestão, saindo da dependência da análise de gerentes dos hotéis e automatizando algumas tomadas de decisão para melhorar produtos e dedicar esforços para outras áreas da Aviva. Estamos apostando fortemente nessa estratégia”, afirmou.


Um trabalho que facilitou o trabalho da companhia nos últimos, segundo o executivo, foi o de criar um sistema de gerenciamento. Isso contribuiu para mais efetividade, obtendo maior noção dos problemas e facilitando a geração de soluções.


“O momento agora é caminhar para outras fontes de receita e esquecer a procura orgânica pós-pandemia. Dentro do produto all inclusive, por exemplo, podemos pensar em experiências para agregar no dia a dia de hóspedes. É uma forma de ampliar a visão e criar exclusividade com produtos extras”, complementou.



Líderes da hotelaria brasileira analisam principais tendências para 2024
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Com crescimento esperado de 10% para empreendimentos de hospitalidade em 2023, a Aviva também prevê aumento de 2% nos resultados do timeshare e de dois dígitos no setor de Entretenimento. A expectativa de receita fica em R$ 870 milhões para 2023.


Tomando a palavra, Caputo ressaltou que os hotéis urbanos estão mais obsoletos e isso é um grande desafio para quem gosta de trabalhar neste tipo de praça. “Estamos pensando no equilíbrio entre ganho do quadro de colaboradores e a renda que o investidor está esperando”, endossa.


Para o executivo, que prospecta RevPar aumentando em 12% neste ano (Xtay e Atrio), os principais desafios ao setor são:

  • Equilibrar resultados e gastos;

  • Ganho de produtividade;

  • Tornar a carreira hoteleira atrativa;

  • Concorrência com apartamentos para locação (short-term rental).

“Hotéis voltaram a dar dinheiro e esquecemos do STR, grande concorrente durante a pandemia. No entanto, para estadas específicas em grandes centros, esse tipo de modal representa uma boa oportunidade para clientes e queremos focar nisso daqui para frente”, completou. A expectativa é inaugurar entre nove e 11 hotéis em 2023, além de outros oito no próximo ano.


Entendendo o modelo de arrendamento como oxigênio para o negócio da B&B Hotels, Flávia citou, durante sua fala no Hotel Trends Orçamentos, que isso deve se manter e o foco da empresa continuará em acrescer receita. No entanto, isso não deve negligenciar um bom serviço da companhia.


“Se colocar no lugar do hóspede. Estamos sempre priorizando crescimento e, por vezes, esquecemos do que nosso cliente está buscando em níveis de conforto e experiência. Uma forma de equilibrar isso é trazer uma visão de valor agregado ao produto que oferecemos. Para a receita, estamos com fontes alternativas de eventos, coworking e café da manhã”, salientou.


Com expectativa de abrir entre três e cinco hotéis em 2023, a executiva acredita que os principais desafios estão relacionados com a questão operacional:

  • Terceirização de processos para otimizar tempo e reduzir custo de forma eficiente;

  • Investimento em pessoas para equilibrar o quadro e gerar valor com funcionários;

A companhia espera crescimento na casa de dois dígitos para este ano.


(*) Crédito das fotos: Bruno Churuska/Hotelier News




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